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Criado no siteVocê na capa de NOVA ESCOLA.

domingo, 26 de setembro de 2010

CONCEITUANDO CURRÍCULO E A INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS AO CURRÍCULO

Currículo são os conteúdos, as informações e as atividades humanas necessárias para formar novas memórias que servirão de suporte para aquisição de conhecimentos posteriores, assim como para tomada de decisão e solução de problemas na vida cotidiana.
As indagações sobre o currículo presentes nas escolas e na teoria pedagógica mostram um primeiro significado: a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. São construções e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas.
Um currículo que se pretende democrático deve visar à humanização de todos e ser desenhado a partir do que não está acessível às pessoas.
A escola é um espaço de ampliação da experiência humana, devendo, para tanto, não se limitar às experiências cotidianas da criança e trazendo, necessariamente, conhecimentos novos, metodologias e as áreas de conhecimento contemporâneas. O currículo se torna, assim, um instrumento de formação humana.
Um currículo para a formação humana introduz sempre novos conhecimentos, não se limita aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, às realidades regionais, ou com base no assim chamado conhecimento do cotidiano.
É aquele orientado para a inclusão de todos ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento, a serviço da diversidade. Currículo envolve o conteúdo da área de conhecimento e as atividades necessárias para que o aluno se aproprie desse conhecimento.
Quando falamos de novas mídias, estamos falando também do celular e não só do computador e internet. O celular é a tecnologia que mais agrega valor nos tempos modernos, é móvel e tem acesso a internet, a fotos, vídeos, jogos, músicas e outros serviços. Sem sombra de dúvida que o computador está causando uma revolução na forma de ensinar e aprender de professores e alunos. O aluno tem a chance de construir o conhecimento a partir da interação dessas tecnologias. Uns dos fatores que tem dificultado o uso do computador em sala de aula é a manutenção dos equipamentos que se torna caro e a escola muitas vezes não dispõe desse recurso, sendo necessário um olhar criterioso na forma de distribuir e priorizar esses recursos na escola.
Aprender é uma atividade complexa que exige do ser humano procedimentos diferenciados segundo a natureza do conhecimento, em virtude do funcionamento cerebral (principalmente a memória) e do desenvolvimento cultural.
A palavra currículo tem sido utilizada de duas maneiras: currículo formal e informal ou oculto. Currículo formal baseia-se em conjunto de objetos e resultados previstos. Currículo informal ou oculto, diz respeito à aprendizagem não planejada que ocorre nas salas de aula, nos espaços da escola ou quando os estudantes interagem com ou sem a presença do professor.
O currículo é, (...), um dispositivo de grande efeito no processo de construção da identidade do(a) estudante. O currículo não é um veículo que transporta algo a ser transmitido e absorvido, mas sim um lugar em que, ativamente, em meio a tensões, se produz e se reproduz a cultura. Segundo Pedro Demo, estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. A linguagem do séc. XXI - tecnologia, internet - permite uma forma diferente de aprender.
AMABIS em uma de suas palestras cita uma frase de José Luiz Goldfarb (16/04/2010) que diz: “as aulas são do século XIX, os professores do século XX e os nossos estudantes são do século XXI.”
É evidente que os currículos não são naturais; são ao contrário, “invenções/construções” históricas (...) passíveis de serem desestabilizadas e mesmo transformadas.
O aluno não pode mais ser visto como um ser passivo que deve decorar todo o conteúdo transmitido pelo professor. Ele deve ser sujeito do processo de aprendizagem. Lembrando que computador na escola, não significa aprender sobre computadores, mas através dessa ferramenta pedagógica. O computador é um recurso didático, assim como o livro, o giz. Ele deve ser usado como recurso de animação, porque tem a facilidade de simular fenômenos, de motivar e despertar a curiosidade do aluno.
Outro exemplo são os livros didáticos, que determinam em grande parte os currículos das escolas. O livro não deve substituir o professor ele deve ser visto e utilizado como um instrumento auxiliador no desenvolvimento de processos instrucionais flexíveis centrados no estudante. O livro deve servir de guia para os estudantes.
O planeta terra não suporta mais a forma de produção e consumo que o mundo capitalista nos impõe. É de fundamental importância a formação de profissionais capazes de pensar uma maneira diferente de explorar os recursos naturais sem danificar tanto o meio ambiente. Não é o planeta que pede socorro, mas o ser humano. Pois somos nós que precisamos do planeta. É para formar esse novo profissional que a escola precisa mudar. Deve haver uma quebra de paradigma educacional.
Cabe a escola a introdução dessas novas tecnologias informação e comunicação e conduzir o processo de mudança da atuação do professor no seu fazer pedagógico. O novo profissional da educação deve integrar melhor as tecnologias com a afetividade, a humanização e a ética. Com isso ele será um/a professor/a mais criativo/a, experimentador/a, orientador/a dos processos de aprendizagem. Será um profissional mais orientador de atividades de pesquisa, experimentação e projetos, onde tem a possibilidade de desenvolver situações instigantes, desafiadoras, que preocupa em solucionar problemas e desafios, sendo flexível nos espaços e tempos individuais dos seus alunos.
O professor é o ator principal destas mudanças, pois é ele que tem a oportunidade de capacitar o aluno a buscar corretamente a informação em diversas fontes e fazê-lo ser crítico com a informação que recebe, não acreditando em tudo que encontra, mas tendo a capacidade de ler, interpretar e produzir conhecimento. É necessário conscientizar toda a equipe escolar, em especial os alunos, da importância da tecnologia para o desenvolvimento social e cultural da sociedade.
Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros alunos e divulgados instantaneamente em rede para quem quiser por meio de sítios e blogs. Além de encontrar vários recursos que facilitam preparar aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter recursos diferentes e atrativos para a apresentação dessas atividades. É notório que alunos/as e professores/as que têm acesso a essas redes de informação ampliam sua visão de mundo, sua capacidade de comunicar-se com pessoas de outras culturas.
O desenvolvimento de projetos no âmbito escolar deve agregar o uso dessas tecnologias como uma ferramenta contínua e habitual nas práticas docentes e discentes para conseguir gradativamente mudanças significativas na qualidade e efetividade de seu trabalho e na aprendizagem dos/as alunos/as.

Referências:
SALGADO, Maria Umbelina Caiafa. Tecnologias da educação: ensinando e aprendendo com as TIC. Guia do cursista. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, 2008.
Indagações sobre Currículo: Cadernos Currículo e Desenvolvimento Humano; Currículo, Conhecimento e Cultura. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2007.
Sítio: http://www.cedu.ufal.br/projetos/internet/brasiliadef.htm

Cursita: Rosileide Ribeiro Rodrigues

2 comentários:

  1. Rosileide,
    Seu texto, quase jornal, como sempre, excelente. Você foi à raiz da questão. Retratou muito bem a realidade escolar e educativa.
    Parabéns!
    Eunete.

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  2. curriculo é o conjunto de dados relativos á aprendizagem escolar organizados para orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente busca concretizar as intenções dos seus temas educacionais e o plano cultural que eles personalizando como modelo ideal de escola defendido pela sociedade.

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